quarta-feira, 21 de maio de 2008

Não consigo ver nada de sexual nessa imagem:




Pô, eu gosto (gostava) de cereja! Que m...

Warning - "Random Post"

Tá rolando o festival de Cannes; nem sei exatamente a importância disso, mesmo porque estou longe de ser uma cinéfila. Só há pouco comecei a me interessar por filmes mais sérios (ou seja, filmes como arte de fato) que nada têm em comum com pérolas do cinema comercial como Vovózona ou As Branquelas (uau!).
Tendo só há pouco me interessado pela sétima arte em um plano mais "intelectual" (argh!), melhor dizer intelectualóide, tenho matutado um bocado sobre a academia (Oscar) - saímos de Cannes, gente! - Todos os anos vemos coisas bizarrézimas sendo premiadas, além de atores e atrizes que desbancam outros que mais faziam por merecer o prêmio. Mas isso parece estar condinzente com a presente dominação do cinema comercialíssimo no mundo todo (e lógico, a dominação de Hollywood). A dúvida se volta aos anos passados de Oscar em que diversos filmes "contra o mainstream" foram premiados com louvor, mesmo sem terem tido uma boa recepção do conservador público americano e suas crias. Alguns exemplos são Rosemary's baby, Midnight Cowboy, entre outros. Fica a questão: a premiação desses filmes, algo raramente repetido nos dias de hoje como aconteceu com o Michael Moore, foi fruto de uma inexplicável naiveté por parte da academia, vendo nesses filmes nada mais que reles historietas inofensivas à família americana, ou se de fato ela tinha olhos voltados para a genuína produção artística não se importanto com o conteúdo "perigosinho" das películas? Bom, também não dá para esquecer que a produção cultural americana de 60/70 foi absorvida passando de "anti-mainstream" a "desguised mainstream"; seja lá o que isso significar de fato, essas premiações um pouco "contraditórias" à ideologia da academia talvez tenham feito (e ainda façam) parte desse processo e do que por ventura possa ter restado dele - se bem que, aparentemente, hoje não há mais perigo eminente à hegemonia (ou há?) e a cultura tem passaporte e isenção fiscal para ser completamente e abertamente (leia-se descaradamente) comercial.

Bom, não consegui resposta nenhuma para minha pergunta inicial, pelo menos nenhuma satisfatória. Creio que às vezes é bom não chegar a lugar nenhum (ahn, às vezes)... e por isso fecho meu texto com um indecoroso Sei lá...